Disfunção Temporomandibular

A disfunção temporomandibular (DTM) é definida como um distúrbio músculo-esquelético que envolve a articulação temporomandibular (ATM), os músculos da mastigação e estruturas anexas.

Pode cursar outros distúrbios dolorosos como fibromialgia e enxaquecas. Está geralmente associada a comorbidades como bruxismo, depressão, síndrome do intestino irritável e distúrbios do sono (ex: insónia ou a síndrome da apneia obstrutiva do sono).

Prevalência
A prevalência da(s) DTM ronda os 5/12% da população adulta sendo a faixa etária mais afetada compreendida entre 20 – 40 anos de idade. No entanto, pensa-se que existe um subdiagnóstico e que esta percentagem é muito superior.

Etiologia
A sua etiologia é multifatorial e biopsicossocial, demonstrando a sua complexa interação entre mecanismos biológicos – hormonais, estados psicológicos – stress e ansiedade, condições ambientais, macro e microtrauma  – uma queda, um acidente ou o bruxismo.

Sinais e Sintomas
A DTM pode ser incapacitante impedindo o paciente de fazer a sua vida normal. A qualidade de vida do paciente com DTM diminui drasticamente, tanto devido à dor que pode sentir  (dor de cabeça ou dor no maxilar) como à limitação de função, podendo existir dificuldade em abrir a boca, dificuldade em mastigar, dificuldade em falar. Outros sinais ou sintomas podem-se expressar da seguinte forma:

• Otalgia (dor de ouvido).
• Zumbidos.
• Dores no pescoço.
• Sensação de redução da audição.
• Bloqueio da articulação.
• Estalidos.
• Crepitação (sensação de areias na ATM).

Tratamento
O tratamento da DTM deverá ser sempre multidisciplinar e tem como principal objetivo a diminuição da dor e a limitação de movimento tal como melhorar a qualidade de vida do paciente. Pode consistir em várias abordagens terapêuticas, como por exemplo:

• Terapia farmacológica.
• Terapia comportamental.
• Fisioterapia.
• Goteira oclusal.
• Viscossuplementação com ácido hialurónico.
• Aplicação de toxina botulínica.