Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono
A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada pela interrupção ou redução da respiração sucessivamente por tempo suficiente para interromper o sono, diminuindo temporariamente a quantidade de oxigénio e aumentando a quantidade de dióxido de carbono no sangue.
A SAOS pode ser classificada como ligeira, moderada ou severa, dependendo do índice de apneia-hipopneia (IAH). É considerada ligeira quando o IAH se encontra entre 5 a 15/h, moderada quando o IAH se encontra entre 15 a 30/h e severa quando o IAH é superior a 30/h.
A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada pela interrupção ou redução da respiração sucessivamente por tempo suficiente para interromper o sono, diminuindo temporariamente a quantidade de oxigénio e aumentando a quantidade de dióxido de carbono no sangue.
A SAOS pode ser classificada como ligeira, moderada ou severa, dependendo do índice de apneia-hipopneia (IAH). É considerada ligeira quando o IAH se encontra entre 5 a 15/h, moderada quando o IAH se encontra entre 15 a 30/h e severa quando o IAH é superior a 30/h.
Prevalência
A prevalência de SAOS na população adulta portuguesa ronda os 2,2%, no entanto acredita-se que este é um valor muito abaixo do real.
É mais prevalente no sexo masculino, com mais de 50 anos e obesos.
Sinais e Sintomas
A SAOS é extremamente perigosa, sendo a sonolência diurna um dos sintomas mais frequentes da apneia de sono, com o consequente risco de aumento dos acidentes de viação. Outros sinais e sintomas podem ser:
- Fadiga Constante.
- Falta de concentração e produtividade no trabalho ou de estudo.
- Diminuição do desejo sexual.
- Roncopatia (Ressonar).
- Hipertensão.
- Diabetes Descontrolada.
- Interrupção da Respiração Durante o Sono.
- Acordar Ofegante ou Engasgado.
- Fraca Qualidade de Sono.
- Cefaleias (Dor de cabeça)
Diagnóstico
De uma forma geral, é fundamental o indivíduo estar alerta aos sinais e sintomas enumerados anteriormente. Deve consultar um médico com diferenciação na área do sono que o mais indicado, nesta primeira abordagem, será um pneumologista diferenciado em sono.
O primeiro médico a ter contacto com o paciente realiza uma criteriosa história clínica e exame clínico. De forma a obter um diagnóstico mais preciso, normalmente, prescreve-se uma polissonografia (exame do sono) para avaliar objetivamente a SAOS. Pode também prescrever-se TAC ou RMN para avaliar a via aérea superior.
O Drug Induced Sleep Endoscopy (DISE), trata-se de um exame em que o paciente é induzido no sono e é realizada uma nasofibroscopia para avaliar com alta precisão onde e qual é o colapso da via aérea superior. O mesmo tem vindo a demonstrar ser essencial para a realização de uma escolha eficaz dentro das várias abordagens terapêuticas possíveis. Pode adicionar-se o registo de avanço mandibular para avaliar se há a possibilidade ou não de ser confecionado um dispositivo de avanço mandibular (DAM) eficaz.
Tratamento
Existem vários tipos de abordagens terapêuticas (dependendo das características e etiologia da SAOS) e é essencial uma prévia abordagem multidisciplinar meticulosa, nomeadamente a articulação entre: Pneumologia, Otorrinolaringologia, Neurologia, Maxilo-Facial, Medicina dentária, Fisiatria e Fisioterapia:
- Continuous Positive Airway Pressure (CPAP).
- Tratamento Cirúrgico (ex.: Cirurgia ortognática, Turbinoplastia, Septoplastia, Palatoplastia, Uvuloplastia, Uvulopalatofaringoplastia, etc).
- Exercício físico e um plano alimentar adequado (no caso de existir excesso de peso).
- Dispositivo de avanço mandibular (DAM).
O DAM modifica a posição da mandíbula, base da língua e/ou de outras estruturas de suporte das vias aéreas superiores. Este deve ser confecionado pelo médico dentista que tenha por base a Medicina Oral do Sono como área de intervenção. O DAM está indicado em casos de Roncopatia (ressonar), SAOS ligeiras e moderadas na ausência de comorbilidades. Nas SAOS graves pode-se analisar a possibilidade de um DAM quando não há compliance com o CPAP – o tratamento de primeira linha para a SAOS, ou mesmo em conjunto como terapia combinada.